Revista Poder

Leite desafia Lula: “Governador não faz política para presidente”

O presidente Lula havia criticado Leite por nunca estar "contente" com os esforços feitos no estado e manifestou o desejo de receber reconhecimento por parte do governador

Leite desafia Lula: “Governador não faz política para presidente”

Lula & Eduardo Leite - Foto: Instagram @eduardoleite45

O governador Eduardo Leite (PSDB), do Rio Grande do Sul, afirmou ter ouvido as críticas feitas pelo presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante uma entrevista na manhã desta sexta-feira (16). Ambos estiveram no mesmo palco em Porto Alegre para um evento do programa Minha Casa, Minha Vida.

“Presidente, o senhor é bem-vindo. Temos visões diferentes em muitas questões de governo, ideológicas, programáticas. Sobretudo aqui, pode ter certeza do respeito instrucional. O senhor será sempre bem-vindo ao Rio Grande do Sul com seu time de ministros”, pontuou Eduardo Leite.

De acordo com o tucano, o povo unificou os dois e não há interesse em “divisões políticas”. “Ouvi o presidente falando que não faz política para o governador. Governador também não faz política para presidente: os dois têm que fazer política para o povo, é o que nos une”, afirmou.

“É como o futebol: se é para divergir é na bola, não é na canela”, comparou.

A cutucada de Lula em Leite

Na manhã desta sexta-feira (16), o presidente criticou Leite por nunca estar “contente” com os esforços realizados no estado, especialmente após as enchentes do RS em maio. “Às vezes, fico incomodado, porque o governador nunca está contente. Ele deveria um dia me agradecer: ‘Ô, Lula, obrigada pelo tratamento com o Rio Grande do Sul’. É só ver se o Bolsonaro tratou o Rio Grande do Sul com respeito”.

Além disso, Leite comentou que ouviu a entrevista e atribuiu a insatisfação à dívida pública do estado, que o deixou em uma posição difícil. “sem dinheiro para pagar salário do servidor, para pagar os hospitais”.

Segundo Metrópole, o governador aproveitou para acrescentar que: “O povo gaúcho não é mal-agradecido, não é ingrato, agradecemos os apoios alcançados”. “O presidente tem história no sindicalismo de demandar e negociar o melhor para sua categoria. Vamos agradecer o que foi feito, mas também demandar”, concluiu.

 

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