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Senadores preparam pedido de impeachment contra Moraes

O setor de combate à desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) teria sido solicitado informalmente pelo gabinete do ministro Alexandre de Moraes durante e após as eleições de 2022

Senadores preparam pedido de impeachment contra Moraes

Alexandre de Moraes é um jurista, magistrado e ex-político brasileiro - Foto: Instagram

Na noite desta terça-feira (13), um grupo de senadores alinhados ao bolsonarismo iniciou a coleta de assinaturas para protocolar um pedido de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Ainda assim, esse movimento é parte das tensões entre setores bolsonaristas e o Judiciário. Especialmente em relação às decisões de Moraes, que tem sido um alvo frequente de críticas por sua atuação em processos envolvendo apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Além disso, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF), ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos no governo Bolsonaro, confirmou essas informações à CNN.“Temos mais de uma dezena de senadores que já manifestaram interesse em assinar. Será protocolado amanhã”, disse ela.

Ainda assim, o pedido de impeachment será fundamentado nas informações divulgadas pelo jornal ‘Folha de S.Paulo’. Segundo a reportagem, o setor de combate à desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) teria sido solicitado de forma não oficial pelo gabinete de Moraes durante e após as eleições de 2022. Em suma, o jornal teve acesso a 6 gigabytes de mensagens e arquivos trocados via WhatsApp por auxiliares de Moraes, incluindo seu principal assessor, Airton Vieira, que continua atuando como juiz instrutor.

Além dos pontos abordados pela Folha, o pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes deve incluir as seguintes justificativas:

Procedimentos foram oficiais, regulares e estão todos documentados

Em uma nota sobre o assunto, o gabinete do ministro Alexandre de Moraes esclareceu que, durante as investigações, diversas ordens, requisições e solicitações alcançaram diferentes órgãos, incluindo o TSE. “Os relatórios simplesmente descreviam as postagens ilícitas realizadas nas redes sociais, de maneira objetiva, em virtude de estarem diretamente ligadas às investigações de milícias digitais”.

“Todos os procedimentos foram oficiais, regulares e estão devidamente documentados nos inquéritos e investigações em curso no STF, com integral participação da Procuradoria Geral da República”, conclui o texto.

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