Nesta segunda-feira (5), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) encontrou-se com o presidente chileno Gabriel Boric em Santiago. A reunião teve lugar no Palácio de La Moneda, a sede do governo chileno.
Ainda assim, Lula chegou a Santiago no domingo (4) em meio a um clima de tensão nas relações sul-americanas, devido às suspeitas de fraude na eleição venezuelana. Além disso, a vitória controversa de Nicolás Maduro tem complicado os esforços de Lula para promover a integração regional.
De acordo com diplomatas brasileiros, a crise na Venezuela não está diretamente na pauta oficial das discussões com o governo chileno. No entanto, é provável que o assunto seja tratado em uma reunião privada entre os presidentes, sem a presença dos ministros, durante o dia.
Brasil e Chile rejeitaram o resultado das eleições na Venezuela e pediram a divulgação das atas eleitorais que comprovem a derrota do opositor Edmundo González, algo que ainda não divulgaram.
Segundo o G1, o presidente chileno, Gabriel Boric, expressou ceticismo em relação ao pleito, chamando-o de “difícil de acreditar”. O que levou Nicolás Maduro a anunciar a expulsão dos diplomatas chilenos do país.
Por outro lado, o Brasil adotou uma postura mais cautelosa, buscando mediar uma solução ao lado de México e Colômbia. Lula, que mantém uma aliança com Maduro, defendeu a divulgação das atas e afirmou estar convencido de que não houve “nada de anormal” na eleição.
Relações comerciais de Lula
A visita de Lula ao Chile, adiada de maio devido às cheias no Rio Grande do Sul, incluirá encontros com o presidente Gabriel Boric e líderes chilenos. O foco é fortalecer relações comerciais e colaborar em áreas como energia e inovação. Lula e Boric também participarão do encerramento de um fórum empresarial. Em suma, o Brasil é o maior investidor latino-americano no Chile, e o comércio entre os países chegou a US$ 12,3 bilhões em 2023.