Revista Poder

Líder do governo diz que Venezuela ‘não é mais uma democracia’

Senadores do PT estão em desacordo com a posição da Executiva Nacional do partido, que já reconheceu a reeleição de Maduro na Venezuela. Enquanto isso, o governo mantém uma postura cautelosa e solicita atas eleitorais para revisar a situação

Líder do governo diz que Venezuela 'não é mais uma democracia'

Nicolás Maduro Moros é um político venezuelano e atual presidente da República Bolivariana da Venezuela - Foto: Instagram @nicolasmaduro

O líder do governo no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), declarou que não se pode reconhecer a reeleição de Nicolás Maduro na Venezuela até que o governo do país forneça as atas das votações da recente eleição presidencial.

Em entrevista à GloboNews, Randolfe disse: “Lamentavelmente, a Venezuela não é mais uma democracia, e enquanto não forem apresentadas as atas que comprovem a verificação do resultado eleitoral, não é possível o reconhecimento do regime do senhor Nicolás Maduro”.

Além disso, o senador Fabiano Contarato (PT-ES), também do PT, descreveu a situação como “preocupante”. Além disso, afirmou que requer a atenção de toda a comunidade internacional.

“A eleição ocorreu no domingo, já se passaram quatro dias e o Conselho Nacional Eleitoral, que é comandado por Nicolás Maduro, ainda não apresentou a ata que efetivamente o consagra como vencedor. O que temos presenciado e que está sendo veiculado por todos os meios de comunicação internacional é uma escalada de violação de direitos humanos”, pontuou.

Partido dos Trabalhadores reconhece vitória de Maduro na Venezuela

A postura dos parlamentares diverge da declaração da Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores, que, na noite de segunda-feira (29), emitiu uma nota parabenizando Nicolás Maduro pela reeleição.

De acordo com o G1, os resultados divulgados pelo órgão oficial venezuelano, informa que Nicolás Maduro foi reeleito com 51,2% dos votos. Enquanto seu oponente Edmundo González obteve 44%. No entanto, a oposição alega que González venceu com 70% dos votos.

Em suma, o Brasil, junto com outros países, solicitou a divulgação das atas eleitorais para garantir uma avaliação transparente dos resultados da eleição. Ainda assim, em entrevista na última terça-feira (30), o presidente Lula reiterou esse pedido, mas afirmou não haver nada de “grave” na eleição venezuelana.

Vale salientar que, nesta quinta-feira (1), Maduro entrou em contato com a equipe do presidente Lula, solicitando uma ligação entre os dois líderes. Na mesma tarde, o governo brasileiro divulgou uma nota conjunta com os governos da Colômbia e do México. Nota essa que reitera o pedido pelas atas eleitorais e solicitando a resolução do impasse eleitoral na Venezuela por meio de “vias institucionais”.

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