Geraldo Alckmin, vice-presidente do Brasil, esteve a poucos metros do chefe do Hamas, Ismail Haniyeh. O encontro aconteceu durante a posse do novo presidente do Irã, na terça-feira (30), em Teerã.
O vice-presidente foi um dos convidados da posse, assim como outras autoridades de vários países. Ele foi como representante do governo Lula e não falou com o chefe do Hamas. Este que morreu horas depois, ainda em Teerã, como informou o grupo palestino em um comunicado nesta quarta-feira (31).
De acordo com o G1, a Guarda Revolucionária do Irã também confirmou, em comunicado, que o principal líder do Hamas e um guarda-costa foram assassinados na manhã desta terça, em Teerã. “A residência de Ismail Haniyeh, chefe do escritório político da Resistência Islâmica do Hamas, foi atingida em Teerã, e como resultado deste incidente, ele e um de seus guarda-costas foram martirizados,” afirmou um comunicado da Guarda Revolucionária.
Entretanto, os comunicados não detalharam como Haniyeh morreu e ninguém assumiu a responsabilidade imediata do assassinato. Israel não comentou sobre o caso, no entanto, prometeu matar o líder e outras autoridades do Hamas por conta do ataque do grupo em 7 de outubro.
O Hamas, em comunicado, afirmou que Haniyeh morreu em um “ataque aéreo traiçoeiro à sua residência em Teerã”. Ele havia ido ao Irã por conta da cerimônia de posse do presidente Masoud Pezeshkian. “É um ato covarde que não ficará impune”, afirmou a TV Al-Aqsa, controlada pelo Hamas, e citou Moussa Abu Marzouk, um alto funcionário do grupo.
Casa Branca
O Estados Unidos ainda não teve nenhuma reação sobre a morte de Haniyeh. O governo de Joe Biden tenta pressionar para que o Hamas e Israel concordem com um cessar-fogo temporário e o acordo de libertação de reféns.