É improvável que a IA (Inteligência Artificial) substituam os traders tão cedo. Essa afirmação foi proferida pela chefe de um dos maiores fundos de hedge do mundo, o Man Group. A empresa ganha dinheiro com a cobrança de investidores em taxas de administração e desempenho.
Sediada em Londres, o Man Group foi responsável por conseguir uma alta histórica de US$ 178,2 bilhões em ativos durante os primeiros seis meses do ano. Essa quantia aumentou 54% entre os anos de 2018 e 2023, mesmo que a média de funcionários tenha crescido apenas em 30%. No caso, por conta do uso da tecnologia.
De acordo com a CNN, Roby Grew, que se consagrou primeira mulher a liderar a empresa de 241 anos, afirmou em entrevista que se animou com os avanços da IA. Além disso, revelou que seus gestores de investimentos estiveram com a tecnologia “certamente há mais de 10 anos”.
Entretanto, ela minimizou a ameaça aos empregos. “Não penso em IA como tomada de decisões de investimento tão cedo”, explicou Grew. “Acho que a habilidade de conhecer o poder dessa tecnologia é conhecer suas limitações”.
A CEO ainda comparou a IA a uma ferramenta usada durante uma cirurgia. “(Os cirurgiões) agora têm esses equipamentos extraordinários que lhes permitem ter melhores margens, melhor visibilidade e melhor precisão”, disse.
“Não gostaria que eu realizasse uma neurocirurgia em você, por mais brilhante que fosse a ferramenta. E é o mesmo com a tecnologia… Eu posso apreciar a habilidade e o que essa ferramenta pode lhe fornecer, mas você ainda a quer nas mãos de pessoas habilidosa”, finalizou sobre a IA.