Revista Poder

Galpão da Cidadania sedia o pré-lançamento da Aliança Global contra a fome no G20

Estrutura abriga a Ação da Cidadania, movimento criado por Betinho há três décadas que tem papel histórico na luta pela segurança alimentar e no combate ao desperdício

Foto: Felipe Neiva / SERES

O Galpão da Cidadania, na zona portuária do Rio de Janeiro, foi o cenário escolhido para o pré-lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza durante o G20. Este local histórico abriga a ONG Ação da Cidadania, fundada há 31 anos pelo sociólogo Herbert de Souza, conhecido como Betinho. A ONG é referência internacional na luta pelo direito à alimentação, combatendo a fome e o desperdício de alimentos. A cerimônia ocorrerá nesta quarta-feira, 24 de julho, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e autoridades de diversos países. Eles formalizarão a adesão ao pacto global pela redução da fome e da pobreza.

O Galpão da Cidadania está próximo ao Morro da Providência e ao cais do Valongo, locais historicamente significativos por terem recebido escravizados no Brasil. Construído em 1871 pelo engenheiro e abolicionista André Rebouças, o galpão simboliza a luta pela liberdade e igualdade. Com 14 mil metros quadrados, a estrutura foi reformada para abrigar o Centro Cultural Ação da Cidadania. No espaço multifuncional, são realizadas atividades de inclusão social, como oficinas e cursos gratuitos. Além disso, o local é usado para eventos que geram renda para a manutenção da ONG.

Durante o evento, os participantes do G20 conhecerão as iniciativas da Ação da Cidadania, incluindo a Cozinha Solidária, que prepara mil refeições diárias para pessoas em vulnerabilidade. Eles também visitarão o Banco de Alimentos, que distribui alimentos por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) do Governo Federal. Daniel Souza, presidente do Conselho da ONG e filho de Betinho, destaca a importância de políticas públicas eficientes contra a fome e a necessidade de ações coletivas para construir uma sociedade mais justa e igualitária. “Ter nossa sede como espaço de debates sobre governança global nos inspira. Precisamos começar a responder agora como deixamos a fome chegar a esse ponto em um mundo que produz comida suficiente para todos,” conclui Daniel.

Fonte: gov.br

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