Segundo um novo estudo, pesadelos frequentes em pessoas na meia idade poderiam mostrar um risco maior de desenvolvimento de demência. A pesquisa apareceu na reunião anual do Congresso da Academia Europeia de Neurologia de 2024. Este que aconteceu entre os dias 29 de junho e 2 de julho em Helsinque, na Finlândia.
Os pesquisadores do Imperial College London, em Londres, já haviam feito um estudo semelhante anteriormente. Eles descobriram que adultos saudáveis na meia-idade, possuidores de pesadelos frequentes, teriam quatro vezes mais chances de terem um declínio cognitivo na próxima década. Isso em comparação com aqueles que não tinham este tipo de sonho.
Já este novo estudo pesquisou dados genéticos de participantes do trabalho anterior para entender se elas impactavam nas descobertas anteriores. De acordo com os pesquisadores, após o controle deste fatores genéticos, a ligação entre os pesadelos e o declínio cognitivo permaneceu.
Segundo a CNN, também descobriram que não teve relação entre a frequência dos sonhos e fatores genéticos em nenhuma faixa etária. No entanto, outros estudos já mostravam uma possível conexão entre pesadelos e demência. Esta que seria uma doença que afetaria a função mental, com a diminuição lenta e progressiva da capacidade de aprender, do pensamento e da memória.
Uma das hipóteses apontadas para a relação seria o sono de má qualidade gerado pelos pesadelos. “É bem-sabido que o transtorno comportamental do sono REM pode preceder a demência em muitos anos”, explicou Sebastiaan Engelborghs, professor e chefe de neurologia da Vrije Universiteit Brussel, em Bruxelas, Bélgica.
No entanto, somente um exame de sono poderá descartar a relação entre o sono REM, os pesadelos e o maior risco de demência. Este que não aconteceu neste atual estudo. Por conta disso, outras pesquisas poderão ser realizadas para se aprofundar nos questionamentos.