Revista Poder

Estudantes desenvolvem tecnologia que estabiliza tremores do Parkinson

Estudantes de uma escola pública em Pernambuco desenvolveram uma luva capaz de aliviar sintomas da doença do Parkinson

Estudantes desenvolvem tecnologia que estabiliza tremores do Parkinson

Luva contra o Parkinson criada por estudantes brasileiros - Foto: Escola Técnica Estadual Paulo Freire

Estudantes da Escola Técnica Estadual Paulo Freire, localizada em Carnaíba, Pernambuco, a 400 km da capital do estado, desenvolveram uma luva que consegue estabilizar tremores nas mãos. O objetivo é mitigar um dos sintomas da Doença de Parkinson.

Quem sofre da Doença de Parkinson enfrenta dificuldades em realizar movimentos simples, como segurar um talher ou escovar os dentes. Durante aulas de capacitação em empreendedorismo do Sebrae/PE, no âmbito do Programa Agente Local de Inovação (ALI), os alunos desenvolveram a luva chamada GlovETE.

O protótipo da luva criada pelos estudantes custa apenas R$90, enquanto luvas similares disponíveis no mercado podem chegar a R$8.000.

Danilo de Lima, de 18 anos, um dos participantes do projeto, comentou ao portal de notícias do Sebrae: “Eu não imaginava que a robótica fosse acessível para nós, aqui no sertão, e que ela poderia criar soluções para melhorar a vida das pessoas”.

De acordo com o portal Terra, ele e outros três colegas trabalharam na ideia, utilizando conceitos aprendidos em aulas de física e robótica. Além disso, o projeto foi desenvolvido durante os intervalos do almoço ou após as aulas, à noite.

Ainda assim, o professor Gustavo Bezerra explica que os estudantes utilizaram informações sobre circuitos elétricos e componentes eletrônicos. Com materiais da escola, como uma impressora 3D, furadeiras e uma microrretífica, além de itens como uma luva de academia, um disco rígido, um regulador de energia e um Arduino, conseguiram criar o protótipo.

Funcionamento da tecnologia criada pelos estudantes

A luva cria estabilidade graças ao disco rígido, que funciona como um giroscópio, proporcionando estabilidade à mão enquanto gira em alta velocidade.

Em suma, a GlovETE ainda está em fase de aperfeiçoamento e funcionará com uma bateria acoplada. O projeto foi um dos 50 melhores de 2023 no prêmio Solve For Tomorrow, da Samsung, e também conquistou o primeiro lugar no QCiência, evento de ciência e tecnologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

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