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Lego: estratégia genial transforma rombo milionário em sucesso

A crise revelou aos executivos que havia muitos adultos que eram fãs fervorosos da marca Lego

Lego: Estratégia genial transforma rombo milionário em sucesso

Convenções de fãs adultos da Lego foram realizadas mesmo sem apoio direto da empresa - Foto: Instagram @kas.bricks_

Atualmente, quem observa o império dos brinquedos Lego pode não imaginar que a empresa já enfrentou sérios problemas financeiros e chegou a estar à beira da falência, especialmente no início dos anos 2000. No entanto, a Lego conseguiu se reerguer ao focar no mercado adulto e na redução de custos.

Segundo a plataforma Terra, em uma entrevista à National Geographic, Jake McKee, que foi executivo da Lego entre 2000 e 2006, relatou que em 2003 a empresa registrou um prejuízo de US$238 milhões. Ele descreveu aquele período como dias sombrios na história da Lego.

Entretanto, o problema estava relacionado à tentativa da marca de expandir para outros negócios. A empresa tentou lançar uma linha de roupas, videogames e até mesmo joias com sua marca. Na época, quem estava envolvido na empresa considerava que a Lego enfrentava uma “crise de identidade”.

A marca chegou a desenvolver brinquedos que enfatizavam mais a parte da brincadeira em si do que a montagem dos produtos, algo que sempre foi fundamental para a Lego. Entretanto, essa crise permitiu que os executivos percebessem que havia uma grande base de fãs adultos da marca. “Durante anos, repeti a mesma mensagem de que era preciso começar a prestar atenção em nossos clientes adultos”, contou McKee. “A empresa tinha uma mina de ouro de oportunidades bem à sua frente, apenas não a percebia”.

Executivos da Lego resistiram

O processo de reconhecer os clientes adultos não começou de imediato, pois enfrentava resistência dentro da empresa. Alguns executivos da Lego diziam que a marca deveria se concentrar exclusivamente nas crianças. Além disso acreditavem que os fãs adultos “diminuíam o valor da marca”.

Convenções de fãs adultos da Lego foram realizadas mesmo sem apoio direto da empresa. Christina Hitchcock, organizadora da primeira convenção desse tipo na metade dos anos 2000, compartilhou à National Geographic que os participantes sentiam um certo isolamento devido ao seu hobby. Os fãs também temiam que a empresa, cujos produtos lhes proporcionavam tanta alegria, os rejeitasse de alguma forma.

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