Revista Poder

Filme revela impacto da plataformização da educação nas desigualdades

Filme 'Professores' terá sua pré-estreia na Cinemateca de Curitiba, na terça-feira (9), às 19h, com entrada gratuita

Filme revela impacto da plataformização da educação nas desigualdades

"Professoras", oferece um panorama das transformações no sistema educacional - Foto: Pexels

Um novo documentário chamado “Professoras”, está provocando debates acalorados sobre o impacto da plataforma da educação no Brasil. O filme expõe como a crescente digitalização do ensino tem ampliado as disparidades educacionais no país. Lançado por pesquisadores da Universidade Federal, a obra revela dados alarmantes sobre como o acesso desigual à tecnologia e à internet está exacerbando as desigualdades entre estudantes de diferentes classes sociais.

“É uma profissão que está sendo dizimada. E vai ser substituída pelas máquinas”. Essa é a opinião de uma professora sobre a transformação da educação pública do Paraná em uma plataforma digital. O relato faz parte do documentário “Professoras”, que terá sua pré-estreia na próxima terça-feira (9), às 19h, na Cinemateca de Curitiba. Além disso, a entrada é gratuita, e a distribuição dos ingressos começará às 18h30.

“Professoras”, oferece um panorama das transformações no sistema educacional, focando nos impactos ao trabalho docente e nas mudanças desde o período pandêmico.

Segundo Brasil de Fato, durante a pandemia em 2020, a Secretaria da Educação do Paraná implementou um sistema multiplataforma de EAD. Fazendo assim, aulas transmitidas pela televisão, YouTube e aplicativos, similar ao que está sendo adotado atualmente no estado de São Paulo.

No entanto, segundo relatos de outra professora no filme documental, essa mudança intensificou a limitação da autonomia em sala: “De repente, tudo foi substituído por aulas prontas. Uma padronização que é estranha à escola, feita por pessoas que não conhecem a realidade da escola e estão alheias ao processo educativo”.

Em suma, as reflexões das professoras evidenciam as pressões impostas pelo governo estadual, o impacto na saúde mental dos profissionais da educação e o aprofundamento das desigualdades no ensino.

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