Revista Poder

O Interesse de Musk por Níquel, Lítio e Satélites no Brasil

Elon Musk || Crédito: NVIDIA

Elon Musk, o multibilionário por trás de empreendimentos que vão desde fábricas de foguetes até plataformas de veículos elétricos, mantém interesses no Brasil, especialmente no setor de mineração. Sua fortuna, avaliada em R$ 960 bilhões, o coloca como a segunda pessoa mais rica do mundo, e sua busca por recursos para suas indústrias é evidente. No Brasil, ele tem envolvimento em negócios de níquel e satélites, além de um crescente interesse pelo lítio, conhecido como “ouro branco” por sua importância nas baterias de carros elétricos.

A Tesla, empresa de veículos elétricos de Musk, firmou um contrato de longo prazo com a Vale, mineradora brasileira, para o fornecimento de níquel, essencial na produção de baterias. Há especulações sobre seu interesse no lítio brasileiro, dada sua relevância na transição energética. Embora o Brasil não lidere em reservas mundiais, possui uma significativa quantidade estimada, especialmente em Minas Gerais.

A possível venda da Sigma Lithium para a chinesa BYD, concorrente da Tesla, preocupa Musk, indicando uma disputa acirrada no mercado de lítio. Musk anteriormente expressou apoio ao golpe na Bolívia, sugerindo preocupações geopolíticas sobre o controle desse recurso estratégico. O interesse de países latino-americanos em formar um cartel de produtores de lítio aumenta a complexidade do cenário.

Além do lítio, Musk tem interesse na exploração de satélites no Brasil através da SpaceX, sua empresa aeroespacial. A aprovação do uso dos satélites Starlinks da SpaceX pela Anatel permite um controle considerável sobre as comunicações na região amazônica, levantando questões sobre soberania nacional e segurança.

As relações de Musk com o governo brasileiro são complexas. Ele foi recebido pelo presidente Jair Bolsonaro e condecorado pelo Ministério da Defesa, mas também enfrenta críticas e investigações do Ministério Público por possíveis contratos com órgãos governamentais. Sua influência, especialmente através da Starlink, é vista como uma faca de dois gumes, proporcionando conectividade em áreas remotas, mas também sendo utilizada por garimpeiros ilegais na Amazônia, levantando questões ambientais e de segurança.

 

Fonte: Agência Brasil

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