O Campo de Búzios, situado na Bacia de Santos, alcançou um marco histórico ao atingir a marca de 1 bilhão de barris de petróleo produzidos até o final de março, conforme anunciado pela Petrobras nesta segunda-feira. Esta marca se refere exclusivamente à produção de petróleo, diferindo do ano anterior, quando Búzios registrou 1 bilhão de barris de óleo equivalente, considerando também a produção de gás natural convertida em barris equivalentes de óleo. Operado pela Petrobras em parceria com a Pré-Sal Petróleo (PPSA) e as empresas chinesas CNOOC e CNODC, Búzios iniciou suas operações em 2018, contando com a produção em cinco unidades FPSOs (navios-plataformas). Sua dimensão impressionante é destacada pela Petrobras, comparando a espessura do reservatório ao Pão de Açúcar e sua extensão à Baía de Guanabara, localizado a 180 km da costa e a mais de 2 mil metros de profundidade.
Apesar de ser reconhecido como o maior campo de petróleo do mundo em águas ultraprofundas tanto em extensão quanto em reservas, Búzios ainda não lidera a produção no Brasil, posição ocupada pelo Campo de Tupi, que representou um quarto da produção marítima de óleo e gás do país no ano anterior. No entanto, há uma tendência de mudança nesse cenário, evidenciada pelo aumento de 10,28% na produção de petróleo do Campo de Búzios em 2023, enquanto a do Campo de Tupi diminuiu 3,5%. A Petrobras projeta uma expansão significativa na produção do Campo de Búzios, com a instalação de novos sistemas de produção nos próximos anos, visando elevar sua capacidade para cerca de 2 milhões de barris de óleo por dia até 2030.