A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou uma nota técnica que destaca a efetividade das vacinas contra a COVID-19 em crianças e adolescentes, alcançando quase 90%. Publicada em 22/01/2024, a nota enfatiza a escassez de efeitos adversos graves relacionados às vacinas e ressalta o papel essencial da imunização na prevenção da COVID-19 prolongada, que afeta cerca de 30% dos casos.
Os cientistas da Fiocruz, coordenadores do Projeto VigiVac, responsáveis pelo monitoramento de dados de vacinação, afirmam que as vacinas CoronaVac (Butantã) e BNT162b2 (Pfizer) demonstram alta efetividade contra a infecção, especialmente na prevenção de hospitalizações por COVID-19. A CoronaVac apresenta uma taxa de 5% para eventos leves, enquanto eventos adversos graves são raramente relatados com a Pfizer.
Além disso, as vacinas mostram eficácia na proteção contra a COVID-19 prolongada, reduzindo o risco em 41% para crianças e adolescentes. Esse efeito é mais pronunciado, atingindo 61%, em crianças com até seis meses da última dose da vacina. A Fiocruz destaca que esses resultados evidenciam a proteção contra formas graves da doença, mesmo em casos considerados como “falha vacinal”.
A fundação alerta para a baixa adesão à vacinação em crianças, destacando que a COVID-19 foi a principal causa de morte por doença prevenível por vacina em menores de 19 anos entre agosto de 2021 e julho de 2022. A taxa de cobertura vacinal no Brasil ainda é inferior ao esperado, sendo menos de 25% na faixa etária de 3 a 4 anos de idade com duas doses.