O presidente dos EUA, Joe Biden, assinou uma ordem executiva na sexta-feira (22), autorizando o Departamento do Tesouro a impor novas sanções visando instituições financeiras estrangeiras que colaboram com a Rússia. O foco da medida é impor “sanções secundárias” a instituições que trabalham com empresas vinculadas ao complexo industrial militar russo. O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmou que a ação visa garantir que instituições financeiras em todo o mundo não facilitem atividades que apoiem o esforço de guerra russo.
O vice-secretário do Tesouro, Wally Adeyemo, destacou que financiadores e facilitadores de transações de mercadorias destinadas ao campo de batalha enfrentarão graves consequências. O objetivo é perturbar a logística militar russa, forçando bancos fora das jurisdições dos EUA e da UE a cortarem laços com a Rússia. Essas são as primeiras sanções secundárias autorizadas pelos EUA durante o conflito, visando desincentivar comportamentos que fortaleçam a capacidade russa de construir armas utilizadas na Ucrânia.
As novas restrições permitirão que Washington atinja instituições que fornecem bens e serviços financeiros à Rússia de maneira mais precisa. Bancos sob sanções terão o acesso ao sistema financeiro dos EUA negado. O governo dos EUA passou dois anos discutindo com jurisdições e instituições financeiras sobre a importância de evitar apoio material à economia russa. A ordem executiva é vista como uma ferramenta para responsabilizar essas entidades.
O objetivo das sanções é causar “dor” a longo prazo, enfraquecendo a economia russa e prejudicando suas indústrias. Itens sensíveis, como semicondutores, máquinas-ferramenta, precursores químicos, rolamentos de esferas e sistemas ópticos, estão na lista do que os bancos devem evitar facilitar.