Revista Poder

16º Salão do Artesanato em Brasília – Exposição de talentos e diversidade de materiais

Os organizadores almejam a participação de 60 mil visitantes na feira, gerando cerca de R$ 4 milhões em negócios para 50 lojistas nacionais e cinco internacionais.

Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Artesãos de diversas regiões do país estão participando do evento em Brasília, onde acontece o 16º Salão do Artesanato, no Shopping Pátio Brasil. Até o próximo domingo (19), cerca de mil hábeis criadores terão a oportunidade de exibir suas obras, somando aproximadamente 80 mil peças, incluindo acessórios, utensílios, esculturas, cestarias, objetos de decoração e móveis. Essas criações são confeccionadas em diferentes materiais, como cerâmica, madeira, fios, capim, palha, metal, rendas e bordados. A entrada para o evento é gratuita.

Os organizadores esperam a visita de cerca de 60 mil pessoas na feira, movimentando aproximadamente R$ 4 milhões em negócios para 50 lojistas nacionais e cinco internacionais. O intuito do evento é reunir comunidades artesanais de todas as unidades federativas, fomentando contatos diretos para a comercialização de produtos. Destaca-se a valorização do trabalho de pequenos empreendedores que atuam informalmente, buscando novos consumidores e parcerias com lojistas.

A arte sacra, especialmente elementos da cultura pernambucana, é evidenciada nas aquarelas em madeira criadas por Henrique Freitas, de 43 anos. Apesar de seu apreço pelos elementos culturais, Henrique destaca que as peças sacras são as mais procuradas pelos compradores. Entre suas obras, ele ressalta a representação do Homem da Meia Noite, ligado à história italiana, na qual bonecos gigantes eram utilizados pela igreja para amedrontar fiéis desobedientes. No entanto, os pernambucanos transformaram esses bonecos em símbolos carnavalescos, subvertendo sua origem ameaçadora.

A arte marajoara, originária de uma ilha no Pará, também está presente nas criações em cerâmica de Doca Leite, de 69 anos, que participa pela oitava vez do Salão. Ele destaca que, além das vendas diretas, a maior parte do lucro vem da divulgação feita no evento, abrindo portas para futuros negócios. Doca trabalha com argila e arte marajoara há 57 anos, produzindo peças em parceria com seu filho.

A diversidade da produção artesanal brasileira é uma característica marcante do Salão. Os visitantes têm a oportunidade de participar de oficinas que ensinam técnicas artesanais de fácil aprendizagem, promovendo a troca de conhecimentos entre artesãos e o público em geral. Além das exposições, o evento inclui apresentações de músicas e danças típicas, realizadas por grupos folclóricos das cinco regiões do país, proporcionando uma experiência cultural enriquecedora para os visitantes.

 

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