Após três mandatos e uma reviravolta eleitoral surpreendente, o Primeiro-ministro de Portugal, António Costa, do Partido Socialista, renunciou após ser alvo de uma operação policial e uma investigação sobre a suposta intervenção em favorecimento de empresas na exploração de lítio e hidrogênio verde. A Procuradoria-Geral da República de Portugal anunciou a investigação, levando à renúncia de Costa após a polícia realizar busca e apreensão em sua casa e ministérios, prendendo seu chefe de gabinete.
O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, aceitou a renúncia e planeja convocar novas eleições após se reunir com os líderes partidários. Costa negou envolvimento nas irregularidades, mas decidiu renunciar afirmando que uma investigação não condiz com a função de primeiro-ministro e não pretende se recandidatar.
A investigação concentra-se em contratos governamentais para exploração de lítio em minas portuguesas e produção de energia a partir de hidrogênio, abrangendo diversos projetos e envolvendo autoridades e executivos de empresas. Costa é investigado no inquérito em andamento no Supremo Tribunal de Justiça de Portugal.