Há exatamente um século, em 29 de outubro de 1923, o mundo testemunhou o nascimento da Turquia e a queda do poderoso Império Otomano. O que começou como uma proclamação de uma nova república liderada por Mustafa Kemal Atatürk marcou o fim de quase 600 anos de história otomana, que uma vez dominou vastas extensões de três continentes, incluindo territórios que hoje compreendem nações como Bulgária, Grécia, Síria e Israel.
A ascensão do Império Otomano começou com Osman I, que fundou um emirado em 1299 na Anatólia, atual Turquia. Os otomanos, também conhecidos como “Otomano,” governaram durante seis séculos e alcançaram seu ápice com a queda de Constantinopla em 1453. A capital foi renomeada para Istambul, transformando-se não apenas no centro político e militar, mas também em um importante polo comercial mundial.
O Império Otomano prosperou por meio de uma combinação de fatores, incluindo seu caráter fiscal-militar, poderio militar, burocracia centralizada e unificação sob o islamismo. Além disso, o pragmatismo otomano permitiu que absorvessem as melhores ideias de outras culturas e as adaptassem.
No entanto, o Império Otomano enfrentou desafios significativos, como a derrota na Batalha de Lepanto em 1571 e as crescentes tensões étnicas e religiosas em seu território. A Primeira Guerra Mundial e o conflito subsequente desintegraram ainda mais o império. O estabelecimento da República da Turquia em 1923 sob a liderança de Atatürk marcou o fim oficial do Império Otomano.
Atualmente, a nostalgia pela era otomana tem ressurgido na Turquia, com o governo de Recep Tayyip Erdogan adotando uma postura mais favorável à herança otomana e islâmica do país. Isso se manifestou em ações controversas, como a conversão da Hagia Sophia em uma mesquita e a celebração de figuras otomanas proeminentes.
O legado do Império Otomano, com sua influência duradoura na história e cultura da Turquia, permanece um tópico complexo e polêmico, com debates sobre seu papel e importância na formação da nação moderna. Enquanto a Turquia comemora seu centenário, sua relação com seu passado imperial continua a evoluir.