A cirurgia para a retirada do tumor seguida ou não por sessões de radioterapia ou de quimioterapia são escolhas clássicas para tratar o câncer. Mas existem outras opções para combater a doença. Para saber mais sobre algumas delas, a revista PODER online conversou com Maria Ignez Braghiroli, médica oncologista do Hospital das Clínicas (HC-FMUSP) e chefe da Residência em Oncologia da Rede D’Or. Aqui, ela explica cada um desses tratamentos:
Imunoterapia – ativa o sistema imunológico para combater a doença, o que é feito por meio da administração (intravenosa ou subcutânea) de anticorpos monoclonais, de vacinas ou de Car T-Cells, células sintetizadas em laboratório que são derivadas das células de defesa naturalmente presentes no organismo. A imunoterapia com Car T-Cells é utilizada apenas em tumores hematológicos, ou seja, que se originam nas células sanguíneas. É importante reforçar também que nem todas as pacientes respondem à imunoterapia. Mas, quando ela se mostra eficaz, sua ação é significativa e duradoura, pois o sistema imune adquire memória imunológica para atuar contra o tumor.
Hormonioterapia – esse tratamento é indicado para casos em que o tumor é sensível à ação de hormônios como estrogênio ou progesterona. A hormonioterapia é feita com o objetivo de induzir a menopausa para bloquear a ação de hormônios que estimulam o crescimento do tumor.
Terapias-alvo – aqui, a ideia é utilizar medicamentos que têm ação específica sobre alguns tipos de células cancerígenas. A terapia-alvo mais indicada é a que combate a proteína HER2, presente em 20% a 30% dos tumores de mama.