No dia 3/10, o Espaço Unimed em São Paulo sediará a 12ª edição do jantar beneficente da Amigos do Bem, um evento que reunirá empresários e convidados para celebrar as três décadas de trabalho dessa ONG. A ocasião promete ser especial, um tributo às conquistas da organização ao longo desses anos, além de servir como um momento importante para arrecadar recursos destinados à manutenção e expansão de seus projetos.
Fundada em 1993, a ONG Amigos do Bem tem desempenhado uma missão incansável na batalha contra a fome e a miséria no sertão nordestino do Brasil. A instituição visa transformar a realidade de milhares de pessoas que vivem em extrema pobreza nos estados de Alagoas, Pernambuco e Ceará. Seus esforços englobam a promoção da inclusão social por meio da geração de empregos, projetos educacionais, acesso à água potável, atendimento de saúde e o fornecimento de moradias dignas na região do sertão.
Neste ano, o evento contará com a participação de nomes como Luiza Trajano, Presidente do Conselho de Administração da Magazine Luiza; Luiza Elie Horn, fundadora da Cyrela; Alexandre Costa, fundador e CEO da Cacau Show, entre outros. Além disso, a celebração será apresentada por Pedro Bial e Rodrigo Faro, com apresentação musical de Daniel e a participação de 100 jovens e crianças do sertão.
A revista online PODER teve uma conversa exclusiva com Alcione Albanesi, a fundadora do projeto, para discutir os 30 anos de história da fundação e os próximos passos em sua missão de transformação social pela Amigos do Bem.
Pode nos contar um pouco de sua trajetória e o que levou a fundar a Amigos do Bem?
“Aprendi a fazer o bem com a minha mãe, Guiomar de Oliveira Albanesi, então minha trajetória e a fundação da Amigos do Bem têm suas raízes na educação familiar voltada para o bem. Iniciei minha carreira em 1992, fundando uma empresa líder no mercado, mas foi em 1993, durante uma viagem ao sertão nordestino, que testemunhei a extrema pobreza em que viviam comunidades inteiras. Esse momento inspirou a criação da ONG Amigos do Bem. Por anos, equilibrei minha carreira com o trabalho voluntário no sertão, mas com o crescimento da empresa e do projeto, optei por vender minha empresa e me dedicar inteiramente à instituição. Hoje, atendemos 150 mil pessoas no sertão, promovendo educação, geração de renda, acesso à água, moradia digna e cuidados de saúde. Contamos com a generosidade de muitos amigos para transformar a indignação em ação, buscando melhorar as vidas das pessoas.”
Como você enxerga a Amigos do Bem hoje nesses 30 anos de existência?
“Nosso projeto começou com o objetivo de fazer um Natal diferente para ajudar as famílias do sertão, levando alimentos, brinquedos, mas, acima de tudo, esperança para centenas de famílias. Ao longo destes 30 anos, o trabalho que começou para diminuir a fome e a miséria, se tornou um projeto transformação de vidas. Hoje, desenvolvemos atividades em todas as áreas, como educação, trabalho e renda, moradia e saúde, com a missão de promover uma mudança efetiva na vida das pessoas que vivem nas regiões mais vulneráveis do País. Criamos o “Modelo Desenvolvimento Social Sustentável”, que proporciona trabalho e renda a mulheres e homens da região, além de levarmos educação para mais de 10 mil crianças e jovens do sertão. Hoje, lideramos o maior grupo de voluntários ativos do Brasil e isso é uma prova do poder de colaboração e do comprometimento das pessoas. Todos temos o potencial de fazer o bem.”
Sobre o futuro, quais os próximos passos de transformação social?
“Nossa principal missão é continuar transformando vidas e replicar o nosso modelo para que mais pessoas possam ser atendidas e tenham suas vidas transformadas. Com muita alegria, fui convidada a ser a primeira Liderança com Impacto do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 1 (Erradicação da Pobreza) do Pacto Global da ONU (Organização das Nações Unidas). Acreditamos e mostramos ao longo dessa nossa trajetória que a miséria tem solução, mas precisamos agir. Quando unimos o comprometimento com o amor, eficiência e ajuda de muitos amigos, os resultados são surpreendentes. Seguimos fortes com o lema: “Se não posso fazer tudo o que devo, devo ao menos tudo o que posso”. Ainda há muito a ser feito e este é só o começo. Milhares de pessoas ainda aguardam ajuda e oportunidades.”
Ao longo das três décadas de atuação, a Amigos do Bem construiu quatro Cidades do Bem na região onde atua, totalizando mais de 540 casas de alvenaria, 123 cisternas e 60 poços artesianos. Já nos quatro Centros de Transformação, mais de 10 mil crianças e jovens participam diariamente de atividades socioeducativas.