O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enfrenta um julgamento em Nova York no qual é acusado de fraude fiscal. Trump, que é o principal candidato à indicação presidencial republicana para as eleições de 2024, compareceu ao tribunal na segunda-feira, cercado por uma grande equipe de segurança.
As acusações contra Trump, apresentadas pela procuradora-geral de Nova York, Letitia James, alegam que ele inflou deliberadamente o valor de seus ativos em bilhões de dólares, a fim de obter empréstimos com taxas de juros mais favoráveis e seguros mais baratos. O julgamento está sendo observado de perto, pois pode ter implicações significativas em sua carreira política e em seu império econômico.
Antes de entrar no tribunal, Trump falou com jornalistas e classificou o processo como uma “interferência eleitoral” destinada a impedir sua possível candidatura à presidência dos Estados Unidos em 2024. Ele alegou que as acusações são uma tentativa de prejudicá-lo em uma futura eleição presidencial.
No dia 26 de setembro, o juiz Arthur Engoron, de Nova York, concluiu que o ex-presidente e seus filhos são responsáveis por fraude e forneceram demonstrações financeiras falsas ao longo de cerca de uma década.
O processo alega que o republicano, três de seus filhos, suas empresas e executivos cometeram fraudes contra credores, seguradoras e outras entidades, inflando seu patrimônio em até 2,2 bilhões de dólares (ou 11,1 bilhões de reais).
A procuradora do estado de Nova York, Letitia James, quer multas superiores a 250 milhões de dólares (1,2 bilhão de reais), além da proibição de Trump e sua família de gerir negócios no estado — lar da dinastia familiar nascida com Fred Trump, pai do ex-presidente. Caso haja condenação, ela não o impedirá de disputar as eleições do ano que vem.