Os ministros Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública) e Silvio Almeida (Direitos Humanos) estão nesta segunda-feira (11) em Santiago, no Chile, na celebração pelos 50 anos do golpe de estado protagonizado pelo general Augusto Pinochet e que levou o então presidente democraticamente eleito, Salvador Allende, a se suicidar no próprio palácio La Moneda, bombardeado inclementemente pelas forças militares de seu próprio país
Um episódio simbolicamente sangrento para uma das ditaduras mais violentas a varrer a América do Sul nos anos 1960-70.
Os ministros tiveram agendas já no domingo (12) e nesta segunda representam o Brasil em evento liderado pelo presidente chileno, Gabriel Boric, e que conta com os homólogos da Colômbia, Gustavo Petro, do México, AMLO, e do Uruguai, Luis Lacalle Pou.
O jovem presidente do Chile nasceu em 1986, e, portanto, não viveu a violência de La Moneda. Mas o longevo mandato de Pinochet terminaria apenas em 1990.
Sigo representando o Brasil nas solenidades relativas a data tão marcante na história do Chile e da América Latina: os 50 anos do terrível golpe militar e da morte do presidente Salvador Allende. Neste domingo, participei de três eventos com brasileiros e chilenos. Programação… pic.twitter.com/H7lWZaSzi3
— Flávio Dino 🇧🇷 (@FlavioDino) September 11, 2023
A data do golpe contra Allende e as forças democráticas ficou um tanto eclipsada com os eventos tenebrosos de 11 de setembro de 2001, em Nova York, com o atentado contra as Torres Gêmeas.
Um filme dirigido por onze diretores, um dos Estados Unidos e dez estrangeiros, tentou mostrar o atentado livremente, na visão desses cineastas. Apenas a duração era fixa: 11 minutos. O inglês Ken Loach, de grande preocupação social, preferiu, no seu curta, lembrar do golpe contra Allende.
Em meio às imagens célebres e trágicas dos aviões civis derrubando o World Trade Center, veem-se, no curta, os aviões militares bombardeando La Moneda quase três décadas antes.