Revista Poder

Fufuca vibra com ministério, mas presidente do PSB lastima “anomalia”

Líder de partido de apoio “orgânico” a Lula mostra consternação por entrada de PP e Republicanos no Esplanada, siglas que, como disse ao G1, cerraram fileiras por Bolsonaro

Carlos Siqueira || Crédito: Geraldo Magela/Agência Senado

Que o senador piauiense Ciro Nogueira, do PP, não iria dar o braço a torcer, já era sabido. Por isso, sua sentida  decepção por ver um correligionário virar ministro de Lula é mais ou menos como a indignação de Arthur Lira – também do PP, veja só – quando repórteres perguntam a ele, após seus encontros com Lula ou com o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais), o que teria cobrado do Executivo.

Trata-se de uma indignação posada, teatral, que chega mesmo a ser convincente.

Se Ciro não pode celebrar publicamente, André Fufuca (PP-MA), novo ministro do Esporte, pode, e ele, muito econômico nas redes sociais, não passou batido na quarta (6). Seis meses depois de sua última postagem no ex-Twitter, lá estava ele a dar conta de sua nomeação.

Quem não gostou da tal reforma ministerial foi o presidente do PSB, Carlos Siqueira, que viu um de seus principais representantes, o ex-governador paulista Márcio França, ser desalojado da pasta de Portos e Aeroportos para dar lugar a Silvio Costa Filho, deputado federal do Republicanos. França irá para outro ministério ainda por ser criado, e isso deve ter parecido a Siqueira um prêmio risível de consolação.

Segundo informou a repórter Camila Bonfim, do portal G1, Siqueira chamou a conclusão da reforma de “novela demorada e de mau gosto”. E subiu ainda mais o tom, chamando de “anomalia do sistema político” ter no governo partidos que cerraram fileiras por Bolsonaro, “sabendo dos riscos que ele representava para a democracia”.

Nesta quinta (7), Siqueira foi as redes e lá postou um vídeo em que fala da importância do 7 de setembro – uma fala algo confusa e repetitiva. Menção nenhuma ao pragmatismo de Lula 3.

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