Revista Poder

Pá de cal na Lava Jato tem Moro repetitivo e Deltan pistola

Senador e ex-juiz da Operação repisa argumento em comentário à decisão do ministro Dias Toffoli, do STF, de anular provas obtidas por acordo de leniência com a Odebrecht

Dias Toffoli e Sergio Moro || Créditos: Carlos Moura/SCO/STF/Cleia Viana/Câmara dos Deputados

A anulação de todas as provas obtidas pela Operação Lava Jato por meio de acordo de leniência com a construtora Odebrecht determinada pelo ministro do STF Dias Toffoli nesta quarta-feira (6) mereceu reação indignada da Turminha do Curitiba.

Mas demorou um tanto. Pela manhã, havia se manifestado apenas o atual senador pelo Paraná Sergio Moro (UB). Por meio de sua conta do ex-Twitter, escreveu, repisando argumentos já conhecidos:

“A corrupção nos Governos do PT foi real, criminosos confessaram e mais de seis bilhões de reais foram recuperados para a Petrobras. Esse foi o trabalho da Lava Jato, dentro da lei, com as decisões confirmadas durante anos pelos Tribunais Superiores”.

Como se vê, há mais, a velha conversa sobre respeito a instituições etc., mas o ex-juiz, ex-ministro de Jair Bolsonaro e ex-consultor a serviço da transnacional Alvarez & Marsal esqueceu de informar qual “tribunal superior” não confirmou as tais “decisões” – curiosamente, o sumamente superior, o STF.

O ex-promotor que liderou a Operação, o deputado federal cassado Deltan Dallangon só foi se pronunciar no meio da tarde, algumas horas após a manifestação de Toffoli.

A seu estilo, serviu-se da frase do ministro para rebatê-lo: “O maior erro da história do país não foi a condenação do Lula, mas a leniência do STF com a corrupção de Lula e de mais de 400 políticos delatados pela Odebrecht. A anulação da condenação e do acordo fazem a corrupção compensar no Brasil.”

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