Revista Poder

Robin Brooks

Economista-chefe do IIF, entidade que atua para 60 países, diverge de certo consenso liberal e pede que Argentina não dolarize economia

Robin Brooks || Crédito: Reprodução/Twitter/@RobinBrooksIIF

São ainda raros os economistas com voz importante na mídia sem conexões firmes com a Faria Lima ou com a igreja fictícia Guedes é Amor. Mas os seguidos e grotescos erros de cálculos e projeções – lições certamente herdadas do ex-Posto Ipiranga –, aos poucos fizeram com que a divergência começasse a ganhar certo espaço. As redes sociais também ajudaram a dar repercussão a esses economistas que não veem o estado como nêmesis, muito pelo contrário.

Um deles é Robin Brooks, economista-chefe do Instituto de Finanças Internacionais, entidade global que assessora 400 instituições de 60 países. Brooks, que também passou pelo FMI, elogiou muito o real brasileiro e conhece bastante bem a realidade econômica dos países da América do Sul.

(Também disse que as críticas ao Banco Central sob Campos Neto são injustas, registre-se.)

Nesta semana, ele mostrou, em sua conta no ex-Twitter, que uma possível dolarização da Argentina, citada como razoavelmente possível em caso de vitória de Javier Milei, é perniciosa. Deu como exemplo o Equador, em que o dólar estadunidense é há mais de duas décadas a moeda oficial, o que ajudou a fazer que o país ficasse preso num quadro de “crônico baixo crescimento” e de “baixa performance em comparação com seus vizinhos”.

“Argentina não DEVE fazer isso”, escreveu – a caixa alta é dele.

 

 

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