Revista Poder

CPI das criptomoedas fica sem Tata nem Cauã, mas deputado aventa quebrar sigilos

Parlamentares queriam ouvir atores Tata Werneck e Cauã Raymond, que prestaram serviços para corretora suspeita de armar esquema de pirâmide de R$ 7 bi; STF desobrigou ida à comissão

Tatá Werneck, Cauã Reymond e Aureo Ribeiro || Crédito: CC/WikiCommons/Divulgação/Maurício Saldanha/Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

No cipoal de CPIs e CPMIs que infestam o Congresso Nacional, há uma que discute criptomoedas e um suposto esquema Ponzi (pirâmide). E os parlamentares que a compõem gostariam de contar com alguns atores muito famosos do Brasil em suas sessões.

Gostariam, mas o STF concedeu habeas corpus para que Tata Werneck e Cauã Raymond ficassem desobrigados de comparecer à Casa. A dupla trocou sua imagem por um punhado de reais para a corretora Atlas Quantum, investigada pela comissão.

Na justificativa do HC do galã Cauã, é dito que ele “tão somente teve relação com a empresa Atlas Quantum na qualidade de ator”.

O deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), que preside a comissão, disse, conforme registrou o Valor Econômico, que “as pirâmides se utilizam de pessoas famosas para dar credibilidade ao que propagam. A importância dos depoimentos de pessoas que participaram do marketing dessas pirâmides é saber quem estava por trás das empresas e tentar recuperar os ativos”. Ele e seus pares aventam, agora, a possibilidade de quebrar os sigilos fiscais e telemáticos dos atores.

Os fundadores da Atlas, os caras que efetivamente deveriam ser ouvidos, Rodrigo Marques dos Santos e Fabrício Spiazzi Sanfelice Cutis, tampouco prestaram depoimento. Segundo informações, cerca de 200 mil pessoas no Brasil foram atingidas pela empresa. O golpe seria de R$ 7 bi.

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