Revista Poder

Funcionária que dormiu no Twitter e assim mesmo foi demitida fala de Musk

Para Esther Crawford, que publicou detalhes de sua relação com o ex-patrão no ex-Twitter, "falta de método" de Musk era "dolorosa"

Esther Crawford || Crédito: Reprodução

A ex-funcionária do ex-Twitter que viralizou ao se mostrar dormindo no chão da empresa durante os primeiros dias da companhia sob a direção de Elon Musk — ação que não se mostrou suficiente para blindá-la da demissão semanas depois, no fim de fevereiro  — tornou pública a curta história de sua convivência com “Elon”, a quem eventualmente se reportava diretamente.

Esther Crawford || Crédito: Reprodução

Em tuíte no ex-Twitter, Esther Crawford, que havia vendido uma startup para a empresa, razão de ter ingressado numa companhia que lhe pareceu “engessada” e que toldava o “espírito empreendedor” de seus líderes, falou com surpreendente generosidade do bilionário fundador da Tesla.

“Pessoalmente, Elon é charmoso e realmente engraçado. Tem algumas manias como contar os mesmos causos e as mesmas piadas várias vezes. O problema é sua personalidade e comportamento, que mudavam rapidamente da excitação para a raiva. E como era difícil saber como reagiria a qualquer coisa, as pessoas rapidamente ficavam temerosas em ser chamadas para reuniões ou dividir más notícias com ele.”

“Seu foco em mudar rápido é incrível e ele obviamente não tem medo de mandar tudo para o espaço (…)  Aprendi muito vendo Elon de perto — o bom, o mal e o qualquer nota. Sua visão ampla, paixão e a história pessoal são inspiradoras, mas sua falta de método é dolorosa”.

O escritor e especialista das relações do trabalho Alexandre Teixeira destaca outro ponto do tuíte de Esther em sua newsletter semanal que circulou nesta sexta (4).

“Aprendi rapidamente que as decisões de produtos e negócios eram quase sempre o resultado de ele seguir seu instinto, e ele não parecia compelido a buscar ou confiar em muitos dados ou conhecimento para embasar essas decisões.”

Para Esther, isso foi-lhe particularmente penoso por se considerar alguém que “acredita em informação sistematizada”.

Nessas horas, Musk preferia “fazer uma enquete no Twitter”, perguntar sobre o que lhe afligia “para um amigo ou mesmo para seu biógrafo”.

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