Revista Poder

Mercado se agita à espera do Copom; Gleisi chama Campos Neto de “desastre total”

Taxa de juros anualizada será anunciada no começo da noite desta quarta (2); atores políticos fazem fé nas redes sociais por corte de ao menos 0,25%

Banco Central do Brasil || Crédito: Raphael Ribeiro/BCB

Uma peça chamada “À espera do Copom” pode não ter o condão de se perpetuar na história do teatro, mas, na blogosfera, pode gerar alguma audiência. Nestas terça (1) e quarta (2), em que o Comitê de Política Monetária do Banco Central se reúne novamente para decidir o futuro da taxa de juros Selic, as redes sociais estão cheias de pitacos dos mais diversos atores políticos e econômicos.

Os pitacos têm um quê de hedge. Seus atores já parecem querer se garantir para ter combustível a fim de detonar o comitê e, claro, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, caso a taxa não caia 0,25% — que é considerada “default” nas apostas. Uma queda de 0,50%, torcida explícita do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, seria o melhor dos mundos, mas não vista como provável.

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, já havia distribuído acima da medalhinha na segunda (31), ao comentar as previsões do boletim Focus. “Estamos com deflação seguida e hoje saiu mais uma previsão de queda da inflação pra esse ano. PIB subindo, dólar caindo, empresários e analistas estrangeiros otimistas com o governo Lula mas a pior das previsões é dos juros, redução seria apenas de 0,25%. Um desastre total esse Campos Neto.”

 

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