Nos anos 1980, a região conhecida como Triângulo Mineiro, no oeste mineiro, que tem em Uberlândia a terceira cidade com maior IDH de Minas Gerais, sonhou em se separar do resto do estado. A coisa quase foi às vias de fato, mas o esperado plebiscito emancipatório acabou não acontecendo. O delírio separatista, ou independentista, não morreu de todo, mas passou a ser prioridade só de quem tem bastante tempo livre para pensar em conspirações ou coisas similares.
Mas isso não muda em nada ou empana a delícia que é passear pelas cidades da região. São grandes, como a já citada Uberlândia, que tem algo que “Belzonte” não tem — uma maratona — e uma cena gastronômica e noturna mais ou menos compatível com sua riqueza; ou médias, como Uberaba e Araguari.
Se o pouso (do avião) for em Uberlândia, mas o pouso (destino final) for na vizinha Uberaba, eis algumas boas opções para ver — e curtir — nas duas maiores cidades do Triângulo. Na verdade, se o pouso for em Uberaba e o pouso for em Udi, o nome popular de Uberlândia, também vale.
Tanto Udi quanto ‘Beraba têm mercados municipais. Não são tão hypados quanto o da capital, mas valem a visita. Em Uberaba, a vantagem é que prédios de interesse histórico, como as igrejas de Santa Rita e de São Domingos, a velha cadeia pública e o prédio da Faculdade de Medicina, ficam no entorno.
Uberlândia ainda tem o Praia Clube, cujo time de vôlei feminino é um dos melhores do Brasil, finalista das últimas cinco edições do campeonato nacional, como seu centro de footing. A praia de verdade fica longe, mas o rio Uberabinha, que corta a cidade, corta também o Praia, daí o nome. É possível entrar conseguindo um convite com algum sócio — meia cidade.
O jornalista Hermom Dourado, embaixador informal de Udi, recomendou, a pedido de PODER, os restaurantes Carro de Boi e Forasteiros, fortes, como tantos de lá, em carne — a região é famosa pelo gado zebu. Ambos contam com área de playground para crianças pequenas e música sertaneja.