Revista Poder

António Guterres

Secretário-geral da ONU volta a usar a expressão "fervura global" e pinta o apocalipse climático após confirmação de julho com recorde de calor no Hemisfério Norte

António Guterres || Crédito: CC/WikiCommons/residential Press and Information Office

A expressão não é exatamente uma novidade em seu léxico, mas o secretário-geral da ONU, o português António Guterres, há algum tempo não a utilizava, apesar de ter carradas de razão para fazê-lo à miúde. Nesta quinta-feira (27), ele voltou a dizer que vivemos uma era de “fervura global”.

A fala foi dada depois de o serviço de meteorologia ligado à União Europeia ter ratificado que os primeiros 20 dias, pouco mais que isso, de julho, foram os mais quentes já registrados. Este julho no Hemisfério Norte pode ser o mais quente da história.

“A mudança climática chegou. É terrível. E esse é só o começo”, disse, para depois lembrar que há formas de mitigar o aumento médio da temperatura, e reverter o apocalipse dos recursos naturais do planeta. “Ainda é possível limitar a temperatura global no 1,5 grau e evitar o pior. Mas só com ações dramáticas e imediatas.”

O português voltou então a pintar o fim do mundo. “O ar está irrespirável, o calor, insuportável e o nível dos lucros sobre os combustíveis fósseis e a inação pelo clima, inaceitável. Líderes devem liderar. Chega de hesitação, chega de desculpas, não há que se esperar que outros façam o primeiro movimento. Não há tempo para isso.”

 

 

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