Revista Poder

Brasil faz história no Mundial de Atletismo Paralímpico

Delegação brasileira alcança feito histórico com 47 medalhas e consolida melhor desempenho do país em Paris

Petrúcio Ferreira (ao centro) disputa a prova final dos 100m da classe T47 || Crédito: Ale Cabral / CPB

A delegação brasileira encerrou sua participação no Mundial Paralímpico, realizado em Paris dos dias 8 a 17 de julho de 2023, com um feito histórico. Ao conquistar um total de 47 medalhas, o país comemorou sua melhor campanha até hoje na competição, reforçando sua força no cenário paralímpico mundial. Além disso, o evento também serviu como teste para os organizadores dos Jogos Paralímpicos de 2024.

Apesar de ter finalizado o torneio com duas medalhas a mais do que a China, 47 a 45, o Brasil ficou em segundo lugar na classificação geral. Os chineses garantiram a primeira posição devido ao maior número de medalhas de ouro: 16 contra 14 dos brasileiros. O destaque do último dia de competição foi o paraibano Petrúcio Ferreira, que conquistou a medalha de ouro nos 100m classe T47, estabelecendo um novo recorde no Mundial com o tempo de 10,37 segundos.

Petrúcio, emocionado com sua vitória, expressou sua gratidão: “Difícil descrever o momento. Busquei meu terceiro título no campeonato mundial e estou muito feliz. Sair daqui com essa medalha, não tenho palavras suficientes. A emoção que expressei aqui falou por toda minha trajetória”.

Ao lado de Petrúcio no pódio estava o curitibano José Alexandre Martins, de 19 anos, que estreou em competições adultas com brilho, conquistando a medalha de prata nos 100m e o bronze nos 400m (T47). O jovem atleta não conteve sua felicidade: “Eu cheguei aqui tão pequeno e estou saindo tão grande, com duas medalhas. Só tenho que agradecer a Deus por tudo isso. Nem nos meus melhores sonhos eu imaginava, tão jovem, ser duas vezes medalhista em um Mundial adulto. Não tenho palavras para descrever esse momento”.

Além das conquistas individuais, a delegação brasileira também obteve sucesso em diversas modalidades. No total, foram 47 medalhas, 16 no feminino, 30 no masculino e uma no revezamento misto. Entre as atletas femininas que se destacaram, estão a potiguar Thalita Simplício, que garantiu uma medalha de ouro nos 400m e um bronze nos 200m (T11), e a baiana Raíssa Rocha Machado, que conquistou a medalha de prata no lançamento de dardo (F56).

Com esse desempenho notável, o Brasil fortalece sua presença no cenário paralímpico mundial e demonstra a força e o talento de seus atletas, que continuam a escrever histórias de superação e sucesso. Agora, a equipe volta para casa comemorando as conquistas, enquanto os organizadores dos Jogos Paralímpicos de 2024 tiram valiosos aprendizados do Mundial em Paris.

“Estamos muito orgulhosos do nosso time, foi um resultado espetacular e importantíssimo pro nosso planejamento estratégico. Nada disso seria possível sem o apoio de primeira hora das Loterias Caixa, do governo federal, do governo do Estado de São Paulo, da Braskem.” disse Mizael Conrado, presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), em entrevista exclusiva para a Revista Poder. “Trabalhamos muito para chegarmos a este nível de performance. Este resultado aumenta a expectativa para o que nossos atletas irão fazer nos Jogos Paralímpicos de Paris no ano que vem.” acrescentou.

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