Revista Poder

Nísia Trindade

Ministra da Saúde é prestigiada por Lula, que diz que a ex-presidente da Fiocruz "cuida do povo com o coração, como uma mãe cuida de seus filhos"

Nísia Trindade || Crédito: Julia Prado/MS

Ao voltar ao Planalto em 2023, um septuagenário Lula instituiu uma espécie de neogetulismo vernacular. Seu discurso começa a espelhar o que de alguma forma se dizia nos anos 1950 pelo “pai dos pobres”, Getúlio Vargas.

Lula agora fala que o povo precisa ser “cuidado”, que governar é “cuidar” etc. etc.

Por isso não surpreende que em cerimônia da Conferência Nacional de Saúde, nesta quarta (5), ele tenha dito que a ministra da Saúde, Nísia Trindade, “cuida do povo com o coração, como uma mãe cuida de seus filhos”.

O ministério da Saúde, como sustentam dez entre dez analistas políticos, é cobiçado pelo Centrão e os partidos dessa infame agremiação adesista — notadamente o PP, de Arthur Lira e Ciro Nogueira;  e o UB, de Rueda, Bivar & Alcolumbre.

No mesmo evento, Lula foi explícito ao dizer que chegou a informar à ministra que ela seguiria no cargo. Ex-presidente da Fiocruz, a primeira mulher a dirigi-la, a profissional teve grande visibilidade em 2021, com a epidemia de Covid-19, em que a Fiocruz deu rápida resposta e fabricou vacinas contra a doença em parceria com a farmacêutica britânica AstraZeneca.

Por amor à verdade, vale lembrar que, em seu segundo mandato, entre 2007 e 2010, Lula também chamou uma de suas ministras, a futura presidente Dilma Rousseff, de “mãe” — no caso, a mãe do Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC, que, entre outras coisas, financiou a construção de estádios de futebol nababescos para a Copa de 2014.

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