Talvez pior do que a própria operação de busca e apreensão nos endereços do senador Marcos do Val na tarde desta quinta (15), o bloqueio de suas redes sociais a pedido do ministro do STF Alexandre de Moraes deve ter incomodado bastante o senador capixaba do Podemos.
O Twitter rapidamente atendeu ao pedido do Supremo e logo interditou a conta do capixaba, colocando um aviso de “withheld” (“retido” ou “interditado” em tradução livre para o português) sobre as publicações da conta. No Instagram, até 17h40 era possível ver a live que o senador promoveu na manhã desta quinta, em que ele comentava fatos relativos à CPMI do 8 de janeiro. Minutos depois, a página havia saído do ar.
O senador, como se sabe, envolveu-se num plano rocambolesco cujo objetivo, se é mesmo que havia um, era constranger justamente o ministro do STF Alexandre de Moraes. O plano passava por contar a ele, Moraes, uma suposta conversa que o senador teve com Jair Bolsonaro sobre possíveis intenções golpistas do ex-presidente.
Se o plano acarretou algo de relevante até aqui, foi a de mostrar a incorreção política do adjetivo “tabajara”.
O Podemos, partido do senador, não se manifestou por meio de sua conta do Twitter, diferentemente de diversos deputados situacionistas, que celebraram a ação da PF (entre eles: André Janones, Guilherme Boulos, Gleisi Hoffmann).
Nikolas Ferreira (PL-MG) fez nota em desagravo ao senador, fazendo menção ao aniversário do colega parlamentar, nesta mesma quinta-feira. “Busca e apreensão no dia do aniversário do Marcos do Val. Justiça ou vingança?”, tuitou.