Revista Poder

Em prólogo da esperada viagem de Blinken à China, Pequim critica “hype sobre base em Cuba”

Ida de secretário de Estado de Joe Biden havia sido adiada em função de sobrevoo de balões chineses; "Global Times" fala em "interferência em assuntos internos"

Blinken e Xi Jinping || Crédito: CC/WikiCommons/U.S. Institute of Peace/Alan Santos/PR

Num prólogo do que será a visita do secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, à China, o representante do governo Joe Biden falou com o ministro das Relações Exteriores chinês, Qin Gang, nesta quarta-feira (14).

Segundo o jornal Global Times, espécie de “Pravda” chinês, as conversas irão girar em torno da questão crucial que levou ao maior distanciamento entre as duas superpotências nas últimas décadas: Taiwan, ou, nas palavras do “GT”, a “interferência nos assuntos internos da China” por parte de Washington.

A viagem de Blinken estava marcada para fevereiro, mas foi adiada em função dos voos dos balões chineses, supostamente de espionagem, no espaço aéreo estadunidense.

Para o jornal chinês, seu país tem manejado a relação entre os dois países “seguindo os princípios do respeito mútuo e da coexistência pacífica” e de uma “cooperação ganha-ganha proposta pelo presidente Xi Jinping”.

Curiosamente, na mesma homepage do “GT”, os chineses lamentam o “hype” estadunidense em torno de uma suposta base de espionagem chinesa em Cuba e a informação de que os Estados Unidos estariam “dando passos diplomáticos” para “retardar a presença da inteligência chinesa” pelo mundo.

“São os Estados Unidos abrindo a mesma página de sempre de seu manual”, ironiza.

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