Revista Poder

Jogo histórico em Paris e racismo contra Fluminense não empolgam políticos brasileiros

Bia Haddad nos passos de Guga Kuerten e bonarenses imitando macacos não ganham grande repercussão fora das redes de esporte; Flávio Dino fala em "solicitar atuação" de autoridades argentinas

Bia Haddad, Fernando Diniz e Ana Estela Haddad || Crédito: Reprodução/Divulgação/Gov-BR

Nem o jogo histórico da tenista brasileira Bia Haddad pelas semifinais do sacrossanto torneio de Roland Garros, em Paris, nesta quinta-feira (8), nem as manifestações francamente racistas em Buenos Aires contra o time do Fluminense na noite de quarta (7) estão a merecer comentários dos políticos brasileiros.

Embora seja trend topic no Twitter nesta manhã de quinta, Bia Haddad não serviu de prancha para as “dropadas” dos políticos. Mais esperto tem sido seu patrocinador master, o banco Itaú, que vem  reforçando a associação com a esportista para tirar algum dividendo mercadológico.

Ana Estela Haddad, que ocupa uma secretaria no ministério da Saúde e é mulher do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, talvez tenha sido a exceção que confirma a regra, celebrando o sucesso da tenista, que não tem parentesco com sua família.

Ela escreveu ainda na quarta: “A grande tenista brasileira Bia Haddad vai às quartas de final em Roland Garros, feito inédito desde 1968! Parabéns Bia!!! O Brasil torce por voce!!! Que orgulho por você ter ido tão longe!”

Um título em Roland Garros seria simbólico porque ali foi o palco das principais vitórias do mais bem sucedido tenista brasileiro, Gustavo Kuerten, tricampeão do torneio em 1997, 2000 e 2001.

Ainda que seja esta quinta feriado nacional, é de se esperar que os políticos movimentem suas contas sociais durante o jogo de Bia, que deve começar às 12h. Sobre dar eco às críticas de Fernando Diniz, técnico do Fluminense, à Conmebol, a entidade que regula as competições profissionais de futebol na América do Sul, aí talvez seja esperar demais.

Atualização: cerca de uma hora após a publicação desta notícia, o ministro da Justiça, Flávio Dino, publicou em suas redes sociais que irá “solicitar formalmente a atuação das autoridades competentes da Justiça e Segurança da Argentina.”

 

Sair da versão mobile