O desemprego caiu no Brasil. É o que indicam os dados da PNAD Contínua que o IBGE divulgou nesta terça-feira (31). O levantamento, que é trimestral avalia flutuaçõe e evolução da força de trabalho no país.
Verdade que a taxa de desocupação de fevereiro a abril manteve estabilidade em relação à avaliação do trimestre anterior (de novembro a janeiro) – 8,5% e 8,4% respectivamente.
Mas, se comparada com os 10,5% do mesmo período de 2022 e se considerarmos que é a menor taxa em oito anos, a história muda de figura.
Já o contingente de pessoas ocupadas (98 milhões) apresentou leve baixa em relação ao trimestre anterior, mas avançou 1,6% em um ano.
A conta oficial do Governo Lula 3 no Twitter celebrou dizendo que “os dados mostram que o país está avançando. Mais emprego, renda maior e economia forte”.
Segundo especialistas, algumas mudanças que estão em curso podem impulsionar a economia este ano, por exemplo, com a aprovação do arcabouço fiscal pela Câmara na última quarta-feira (24), o governo marcou um ponto importante – embora ainda tenha muito trabalho pela frente. A provável manutenção de metas de inflação em 3% e, quem sabe, a aprovação da Reforma Tributária também são bons sinais. Simone Tebet, ministra o Planejamento e Orçamento, afirmou que a discussão está avançada, mas disse que texto só deve passar por aprovação no Senado no final do ano.
Para o economista Renan Pieri, da FGV São Paulo, o mercado ainda está aquecido, mas esse ciclo de crescimento já apresenta alguns sinais de cansaço. “Ainda temos 9 milhões de desempregados e a renda continua estagnada desde 2012, ano em que esse levantamento começou a ser feito. Precisamos de políticas que aumentem a geração de empregos”, finaliza.