As companhias transnacionais que têm negócios na Rússia estão encontrando dificuldades para deixar o país, como fizeram diversas outras no começo da invasão da Ucrânia, tão logo os Estados Unidos e os países da Europa Ocidental editaram sanções comerciais a Moscou.
Estão tendo dificuldades ou deliberadamente decidiram ficar, como mostra reportagem da agência AP nesta sexta (26).
Se cerca de 1000 empresas deixaram a Rússia, outras 151 estão “escalando de novo”, 171 estão “comprando tempo” e 230 estão “cavando fundo”, para usar, em tradução livre, a terminologia da Universidade de Yale, que fez o estudo divulgado pela AP.
A Volkswagen, por exemplo, acaba de anunciar a venda de seus ativos na Rússia, o que inclui uma planta industrial com 4 mil funcionários na cidade de Kaluga.
Já o Burger King permanece na Rússia. A estadunidense Restaurants Brands International (RBI), que tem sócios russos na operação da marca no país, havia dito em carta a funcionários que acordos de franquia pelo mundo tornam “impossível” forçar agentes locais a fechar unidades.
A RBI tem 15% do negócio na Rússia e busca vender essa participação.