Revista Poder

Sem parlamentares combativos nas redes, governo vê ascensão de ministros

Índice Quaest tem domínio absoluto de deputados e senadores conservadores; PL, Republicanos e Podemos dominam os rankings

Nikolas Ferreira, Damares Alves e Flávio Dino || Créditos: Pablo Valadares / Câmara dos Deputados/Roque de Sá/Agência Senado/Bruno Spada/Câmara dos Deputados

A direita segue dando as cartas nas redes sociais. O último levantamento de popularidade digital da Quaest mostra uma hegemonia quase total de parlamentares oposicionistas no “Top 10” do Senado – com a exceção do “independente” Cid Gomes (PDT), irmão de Ciro Gomes e ex-ministro de Dilma Rousseff – e situação análoga na Câmara Federal.

Na Casa Baixa, apenas o deputado federal André Janones (Avante), ator relevante na campanha vitoriosa de Lula em 2022 justamente por conta de sua militância digital, figura no Top 10.

O PL domina os rankings, com nove parlamentares, seguido pelo Podemos e Republicanos (três cada). Nikolas Ferreira (PL-MG), o deputado federal mais bem votado em 2022, lidera entre na Câmara; Cleitinho (PL-RJ), entre os senadores.

A agenda conservadora, marcadamente anti-aborto e com acenos claros a temas de religião, segue dando as cartas com a presença de Nikolas, Bia Kicis (PL-DF), Magno Malta (PL-ES) e da ex-ministra Damares Alves (Rep-DF).

Se o governo não conta com parlamentares combativos digitalmente falando, vê um crescimento da importância de seus ministros na rede. Tanto Fernando Haddad (Fazenda) como Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública) vêm se destacando. Dino, que nesta segunda (22) tem agenda em São Paulo em evento de um grupo privado, foi diversas vezes convocados por comissões da Câmara Federal e do Senado, e sua argúcia e poder argumentativo têm sido explorados em vídeos curtos nas rede.

 

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