Revista Poder

Governo quer providências de Espanha por racismo contra Vini Jr.

Ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, diz que La Liga e autoridades serão “notificadas”; Dino espera algo “sério e efetivo” por parte do patrocinador, o banco Santander

Vini Jr || Crédito: Reprodução

A nova manifestação de racismo contra o jogador brasileiro Vini Jr., do Real Madrid, vinda neste último domingo (21) das arquibancadas do estádio Mestalla, em Valência, mereceu condenação pública de atores do governo brasileiro.

O próprio presidente Lula falou sobre o tema na entrevista coletiva de encerramento de sua participação no encontro do G-7, em Hiroshima na noite de domingo (21), segunda-feira (22) no Japão.

“Não é possível que, quase no meio do século 21, a gente tenha o preconceito racial ganhando força (…) Não é justo que um menino pobre, que venceu na vida, que está se transformando possivelmente num dos melhores jogadores do mundo, seja ofendido em cada estádio que comparece. É importante que a FIFA, que a Liga Espanhola, que a liga de outros países, tome sérias providências porque não podemos permitir que o fascismo e o racismo tomem contra dos estádios de futebol.”

Segundo informou a Secretaria de Comunicação Social, o governo agora se mobiliza para tomar providências das autoridades espanholas e também do Santander, banco patrocinador de La Liga, o campeonato espanhol.

A ministra Anielle Franco, da Igualdade Social, publicou em sua conta do Twitter: “Repudiamos mais uma agressão racista contra o Vini Jr. Notificaremos autoridades espanholas e a La Liga. O Governo brasileiro não tolerará racismo nem aqui nem fora do Brasil! Trabalharemos para que todo atleta brasileiro negro possa exercer o seu esporte sem passar por violências.”

Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança pública, colou os logotipos de La Liga e do Santander e escreveu, também no Twitter: “Espero que essas empresas façam alguma coisa de sério e efetivo sobre o inaceitável e reiterado racismo contra Vinicius Júnior na Espanha.”

O Santander não se manifestou em seus canais oficiais, mas respondeu ao jornal O Globo, que repercutiu o tema. O banco, segundo o matutino,  afirmou repudiar “veementemente qualquer manifestação de preconceito ou racismo”.

 

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