Revista Poder

Em meio a turbulência internacional, Haddad vê Brasil “com gordura”

Ministro da Fazenda crê que quebra de bancos nos Estados Unidos exigirá “acomodação de tensões”, mas que Brasil tem “espaço que mundo não tem” para corte de juros

Fernando Haddad || Crédito: Washington Costa/MF

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda (13) que a turbulência econômica internacional decorrente da quebra dos bancos SVB e Signature Bank e da subsequente decisão da autoridade financeira estadunidense de resguardar os correntistas não deve ser impeditivo para a redução das taxas de juros no Brasil, objetivos vocalizados dia sim e o outro também pelo presidente Lula.

“Essa questão [da quebra do SVB] vai afetar o mundo inteiro, as pessoas vão olhar um horizonte mais longo para acomodar tensões e impedir uma crise maior que ninguém quer, sobretudo quem quer conviver com taxas de desemprego baixas”, disse o ministro nesta segunda (13) durante evento promovido pelo jornal Valor Econômico.

Para o ex-prefeito paulistano, as projeções de taxa de inflação “continuam comportadas” no Brasil. Com isso, ele vê “gordura”, um “espaço que o mundo não tem” para corte da taxa de juros.

Haddad voltou a recitar seu último mantra, o da “harmonização das políticas fiscal e monetária”, políticas que ele via em descompasso em exercícios passados – e ainda neste começo de 2023.

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