Revista Poder

Aposta em um novo segmento

Maior empresa de alimentos do mundo, a JBS ingressa no mercado de saúde e de nutracêuticos. O primeiro passo é o lançamento da marca Genu-in, que é especializada na produção de peptídeos de colágeno e gelatina

Não há dúvida de que uma dieta balanceada é um dos dos pilares para garantir um corpo saudável e em forma. Mas também não é possível ignorar que a correria da vida moderna nem sempre permite que a gente se alimente como deveria, o que prejudica a absorção de nutrientes importantes para manter a saúde em dia. É justamente para quem vive essa situação – ou seja, a grande maioria das pessoas – que a suplementação alimentar é indicada.

E, em se tratando de suplementos alimentares, uma boa alternativa é prestar atenção em uma categoria especial desses produtos: a dos nutracêuticos. Autoexplicativo, o nome vem da junção das palavras nutriente e farmacêutico. Assim, nutracêuticos são nutrientes que vêm em apresentação “farmacêutica”, no formato de cápsulas, comprimidos, pós, sachês ou mesmo chás. “Podem ser vitaminas, minerais, ômegas e peptídeos bioativos, como os de colágeno, por exemplo”, esclarece a farmacêutica e doutora em biologia celular e tecidual Vivian Zague.

Os peptídeos de colágeno, aliás, são particularmente indicados para estimular a produção natural de colágeno, a proteína mais abundante em nosso corpo e que tem um papel fundamental para a manutenção da saúde óssea e articular, além de contribuir para melhorar a pele e os cabelos e fortalecer as unhas.

Extraídos da molécula de colágeno, os peptídeos são altamente aproveitados pelo corpo. “Muitos estudos científicos comprovam que eles conseguem atravessar a mucosa intestinal e ser absorvidos pela corrente sanguínea. E, uma vez no sangue, vão para diferentes locais do corpo e são capazes de influenciar a atividade das células de diversas formas, inclusive no aumento da produção de colágeno”, explica Vivian.

E por que ingerir peptídeos de colágeno é uma estratégia inteligente para cuidar da saúde e prevenir os sinais e amenizar sintomas do envelhecimento? Porque não é só uma dieta pobre em nutrientes que afeta a produção de colágeno endógeno, ou seja, o que é naturalmente produzido pelo corpo: o passar dos anos tem exatamente o mesmo efeito. Mas, que fique bem claro, a ingestão de peptídeos de colágeno não dispensa os cuidados com a alimentação.

“A utilização de nutracêuticos deve sempre ser aliada a um estilo de vida saudável, que inclui alimentos funcionais, ricos em antioxidantes, vitaminas, fibras e gorduras poli-insaturadas. Alimentos industrializados, com alto teor de açúcar e alto índice glicêmico, interferem diretamente no metabolismo do colágeno e, portanto, devem ser evitados”, alerta Vivian.

“Na Genu-in, a produção de peptídeos de colágeno está integrada à cadeia de valor da JBS, o que garante segurança, sustentabilidade e confiabilidade do começo ao fim do processo” Claudia Yamana,diretora Genu-in

Iniciativa sustentável
Maior empresa de alimentos do mundo, a JBS iniciou a produção de peptídeos de colágeno e gelatina, marcando seu ingresso no segmento de saúde e de nutracêuticos. A operação assinala o lançamento da Genu-in, empresa da JBS Novos Negócios, reforçando a frente de economia circular na atuação global da companhia. Foi feito um investimento de R$ 400 milhões para a construção de uma fábrica com a produção automatizada em Presidente Epitácio, no interior paulista, a mais moderna do setor no Brasil.

A Genu-in utiliza como insumo a pele de bovinos proveniente da cadeia de produção da JBS e esse é um dos diferenciais da nova empresa global: adquirir 100% da matéria-prima de uma única fonte, o que garante o controle da cadeia de fornecimento, a qualidade e a uniformidade do produto final. Anualmente, a fábrica de Genu-in terá capacidade de produzir 6 mil toneladas de peptídeos de colágeno e a mesma quantidade de gelatina.

O primeiro lançamento da marca é o peptídeo de colágeno Genu-in Life. “Essa substância é a proteína da vida, pois ativa de forma natural a produção de colágeno endógeno. Na Genu-in, sua produção está integrada à cadeia de valor da JBS, o que garante segurança, sustentabilidade e confiabilidade do começo ao fim do processo”, diz Claudia Yamana, diretora da empresa.

A gelatina Genu-in Gel é outro produto que a empresa vai colocar no mercado e que se destina à indústria alimentícia (fabricação de sobremesas, sorvetes e confeitos) e ao segmento farmacêutico (produção de comprimidos e cápsulas de medicamentos). Com esses dois novos produtos, a JBS dá mais um passo importante em sua trajetória de sucesso.

 

Entre empresas 
A Genu-in atua apenas no mercado B2B. Por isso, tanto Genu-in Life quanto Genu-in Gel serão usados em formulações de marcas terceiras que chegarão ao consumidor final pelo varejo. A operação global da JBS também utiliza subprodutos do processamento das cadeias bovina, suína e de aves para produzir outros produtos de alto valor agregado, como couro, biodiesel, fertilizantes, rações, materiais de higiene e limpeza. A produção é vendida não só no mercado brasileiro, mas também em dezenas de países.

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