MeimeimeiDesde que deixou o governo João Doria junto com o governador, que no final de março tentou se lançar candidato a presidente pelo PSDB – com o desfecho risível já conhecido –, Henrique Meirelles tenta sobreviver politicamente. Apoiou Lula na campanha presidencial, posando inclusive para um foto com outros velhos ex-presidenciáveis que decidiram cerrar fileiras pelo petista.
Por dias, talvez horas, Meirelles foi cotado como ministeriável de Lula, mas se ele acalentava o sonho de, como nos tempos de Michel Temer, assumir a Fazenda, ficou a ver navios com a confirmação do nome do ex-prefeito paulistano Fernando Haddad na sexta (9).
Pois bem, resta agora a Meirelles tentar se manter “alive and kicking” no debate nacional. Nesta segunda-feira (12), assina artigo em O Estado de S.Paulo em que critica a lei que limita a alíquota do ICMs sobre combustíveis. Detalhe: a lei, esforço eleitoral de Bolsonaro para manter o preço da gasolina em patamares mais baixos, é do meio do ano.
Meirelles argumenta que o equilíbrio fiscal dos estados, destinatários exclusivos do ICMs, começou a desandar, e cita quatro unidades federativas – Sergipe, Paraná, Pará e Piauí – que já enviaram às respectivas assembleias legislativas leis para compensar a arrecadação perdida. Sim, criando novos impostos.
O ex-secretário de Doria e ex-ministro de Temer conclui citando a si mesmo: “No momento em que os Estados começarem a ter problemas financeiros, isto resultará em um problema fiscal para a União. No passado, vários Estados quebraram por políticas fiscais irresponsáveis. Examinei isso quando fui ministro da Fazenda.”