Revista Poder

Lula deve aproveitar liderança em 2024 para exigir nova governança global

Reformulação do Conselho de Segurança da ONU, já pedida pelo presidente eleito na COP, deve ganhar mais repercussão com presidência brasileira do G20

Jake Sullivan e Lula || Créditos: Divulgação/PT/Ricardo Stucker

O encontro entre o presidente eleito Lula e Jake Sullivan, conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, nesta segunda (5), em Brasília, foi esquadrinhado ainda na segunda-feira pelo ex-chanceler Celso Amorim, que informou que a conversa foi “muito ampla” e tocou em temas regionais e globais, como uma nova configuração do Conselho de Segurança da ONU – assunto que Lula já havia sublinhado enfaticamente na COP27 – cooperação tecnológica, clima, democracia regional, segurança no Atlântico Sul, meio ambiente e G20.

Mas o jornal O Globo foi um pouco além nesta terça (6), creditando a Amorim a seguinte fala:

“Eles falaram sobre a necessidade da mudança da estrutura da ONU e sobre o fato de que o Brasil vai presidir o G20 dentro de dois anos. E sobre como isso pode contribuir com a governança global no momento de tantas crises, a crise climática, sanitária, e a guerra no centro geopolítico do mundo.”

O Brasil, que presidiu o G20 em 2008, justamente durante o governo Lula 2, irá assumir novamente a liderança do grupo em 2024, e Lula quer que o Brasil aproveite-se dessa situação para reforçar uma nova postura mundial do país, como player, notadamente na área ambiental.

Durante a campanha, Lula falou repetidas vezes que Bolsonaro “isolou” o Brasil. O encontro com Joe Biden, de que a conversa com Sullivan foi preparatória, acontecerá, ao que tudo indica, com Lula já eleito, diferentemente do que foi originalmente ventilado.

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