O deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) perdeu cerca de 20 mil votos nas eleições de outubro, mas conseguiu se reeleger para um novo mandato para a Câmara Federal. Ele e apenas outos 12 deputados da sigla formarão a bancada tucana na Câmara a partir de 2023 – uma perda de mais de 50% de cadeiras desde as eleições de 2018.
Com o partido desidratado, Aécio pode manter algum poder sobre o PSDB, ainda que esse espaço de poder, como se vê, tenha diminuído expressivamente. Embora não tenha comentado a troca da presidência do partido, que irá passar para o governador gaúcho reeleito Eduardo Leite na quarta (30), nesta quinta ele deu longa entrevista a Folha de S.Paulo.
Nela, o ex-presidenciável foi assertivo na sua distância em relação ao PT e ao governo Lula 3: “É isso [o distanciamento do PT] que permitirá que o partido sobreviva. Por mais que o presidente Lula tente ampliar suas alianças, o PT ainda é um partido enraizado no atraso”, disse.
Sobre a decadência do PSDB, mandou: “Eu não acho que PSDB está em extinção. Acho que o PSDB viveu seu pior momento, mas estamos tendo a capacidade de nos renovar”. E a conversa de sempre: “O PSDB tem que se afirmar como esse partido de centro que vai conversar com eleitores mais à direita. Acho que a virtude nunca está nos extremos. Está muito próxima do centro.”