Desde que superou o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) e foi eleito governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas, o Tarcisão, ganhou o beneplácito do silêncio sepulcral do jornalismo brasileiro, que costuma mirar apenas Brasília. Isso significou, para o ex-ministro da Infraestrutura de Bolsonaro, pouca ou nenhuma pressão para indicar os nomes que comporão seu secretariado.
De qualquer forma, Tarcísio havia se antecipado à ausência geral de expectativas e prometido os nomes para esta segunda (21).
Não rolou. A agenda desta segunda de Tarcisão foi dedicada a um encontro com os deputados federais Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Cezinha da Madureira (PSD-SP), aquele o filho 03, este notório representante da bancada evangélica. É de se imaginar que o estado de São Paulo e sua grande máquina pública despertem certa salivação nas figuras que em dias terão de ser desalojadas do Planalto e da Esplanada.
Assim como o próprio Tarcísio havia sido considerado o emblema de um certo “ministério técnico” de Bolsonaro, um conceito bastante duvidoso que servia para juntar gregos e troianos como Onyx Lorenzoni e Gilson Machado, o governador eleito fala que seu secretariado será técnico.