Candidato a presidente da República pelo partido Novo em 2018, João Amoêdo surgiu meteoricamente no cenário político e ainda mais rapidamente o deixou, passando a engrossar hoje o time de comentadores de Twitter.
Amoêdo, o “terceira via” de 2018, nos últimos tempos vem intensificando suas críticas a Jair Bolsonaro.
Mas bastante ao estilo de sua sigla, cuja diminuta bancada federal muitas vezes vota com a situação, ele preferiu, ainda na sexta (16), centrar fogo não em Bolsonaro, mas num de seus aliados, o deus ex-machina do PL, Valdemar Costa Neto.
Costa Neto, segundo rezava o noticiário, teria ficado responsável por revisar o discurso do presidente brasileiro na abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas.
Amoêdo, então, elencou o currículo do ex-deputado paulista: “Condenado no mensalão a prisão e multa de R$ 1,6 milhão; investigado em esquema de fraudes de pareceres de agências reguladoras; delatado na Lava Jato; renunciou ao mandato de deputado para não ser cassado”.
Nesta terça (20), Amoêdo preferiu dar uma pequena lacradinha, e, sem se dar à pachorra de comentar o discurso de Bolsonaro, disse que “Bolsonaro não vence no primeiro turno e no segundo turno perde para todos os outros candidatos. E assim, felizmente, assistimos hoje a sua última aparição na ONU.”
Nesta mesma terça (20), ele disse à Folha de S.Paulo que a adesão de Henrique Meirelles ao time de Lula não o surpreende pelo fato do ex-ministro de Michel Temer ter servido como presidente do Banco Central dos anos Lula. “Imagino que o apoio de Meirelles esteja condicionado a medidas econômicas que ele julga importantes”, disse, após lembrar que o teto de gastos implantado por Meirelles vem sendo contestado pelo capo petista.