Apesar da decisão do ministro do TSE Benedito Gonçalves de proibição da propaganda eleitoral com o uso das imagens de Jair Bolsonaro nos eventos de campanha de 7 de Setembro – oficialmente “celebração da Independência” –, as contas de redes sociais do presidente seguem coalhadas desse material.
Definir “propaganda”, no caso, exige discussão longa e prenhe de subjetividade, até pelo menos o momento de se firmar alguma jurisprudência. O complicador aqui é que, para o presidente, são justamente as contas de redes sociais seu grande canal de comunicação – e, portanto, de propaganda.
Em sua conta de Twitter, Bolsonaro não economizou nas postagens do próprio dia 7, mas não parou por aí., Três dias depois, no sábado (10), com mais imagens da celebração, ou melhor, da campanha, fustigou a Globo ao escrever isto:
“Quando se coloca junto as cenas que predominaram no último 7 de setembro, mais forçado se mostra o tom apocalíptico e dramático adotado pela rede Globo para causar medo e manipular as pessoas. O que deveria ser um jornalismo sério e imparcial se tornou uma linha auxiliar do PT.”
– Quando se coloca junto as cenas que predominaram no último 7 de setembro, mais forçado se mostra o tom apocalíptico e dramático adotado pela rede Globo para causar medo e manipular as pessoas. O que deveria ser um jornalismo sério e imparcial se tornou uma linha auxiliar do PT. pic.twitter.com/ycDZV7CoQ7
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) September 10, 2022
O ministro Gonçalves justificou sua decisão por conta da falta de “isonomia”. As imagens utilizadas do 7 de setembro em Brasília, segundo ele, eram de um evento “inacessível a qualquer dos demais competidores”.