A devassa feita na resort de Donald Trump em Mar-a-Lago, na Flórida, ganhou uma “paternidade” pública nesta quinta-feira (11). Merick Garland, secretário de Justiça dos Estados Unidos, cargo equivalente no Brasil ao de ministro da Justiça, chamou para si a responsabilidade pela ação do FBI ocorrida na segunda (8).
Até aqui apenas Donald Trump havia dado conhecimento da ação de busca. O comentário de Trump em rede social da devassa de que se disse vítima e o próprio estímulo do ex-presidente para a comunicação da busca motivaram a divulgação por Garland. Os principais jornais americanos especulam se Trump teria levado para Mar-a-Lago documentos referentes a armas nucleares, o que o ex-presidente negou veementemente – essa teria sido a razão para a operação, bastante inusitada.
Trump disse que não se importa com a revelação do material inventariado pelo FBI em sua residência. “(…) Incentivo a imediata divulgação, embora essa venha de democratas radicais de esquerda e possíveis oponentes políticos que têm um forte interesse em me atacar”, escreveu. Mas essa opção terá de ser feita oficialmente pelos advogados do ex-presidente ao longo desta sexta-feira.