Revista Poder

Debates estaduais começam com sensação de déjà vu

Início morno da campanha política tem estratégias velhas como fuga de Zema em Minas, Castro longe de Bolsonaro e equipe digital de Haddad forte na narrativa

Zema, Cláudio Castro e Fernando Haddad || Crédito: Isac Nóbrega/PR/Pedro França/Agência Senado

Os debates entre os candidatos aos governos estaduais que lideram as pesquisas de opinião ocorridos neste domingo (8), na TV Bandeirantes, não trouxeram surpresa nenhuma.

O que se viu: ataques a adversários melhor postados servindo-se de nanicos, como foi a tônica em São Paulo; demonstração de independência um tanto antissistema, como fez o deputado federal Vinicius Poit (Novo); associações a maus padrinhos, especialmente Jair Bolsonaro, que, omitidos pelo governador do Rio, Claudio Castro, e pouco defendido por Tarcisão, em São Paulo, tornou-se figura de que é melhor manter distância.

Houve também uma tentativa dos atuais incumbentes, como Castro, no Rio, e Rodrigo Garcia, em São Paulo, de tentar se desviar da pauta nacional – Rodrigo vem usando o bordão “nem esquerda, nem direita, pra frente”.

Outro incumbente, Romeu Zema (Novo), em Minas Gerais, foi ainda menos surpreendente: faltou ao debate.

Enfim, nada que não tenhamos visto em muitas eleições passadas, até pelo menos o advento da mamadeira de piroca, em 2018.

Com isso, os candidatos correm para consolidar a tão citada narrativa. E, talvez por ter incorporado a equipe digital de Guilherme Boulos, a equipe de Fernando Haddad saiu na frente em São Paulo, com compactos em vídeo muito bem editados e rapidamente postados no Twitter.

 

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