Diante de autofagia da esquerda do Rio, Molon convoca Anitta

A esquerda só se une perante o descalabro, diz o poeta. Bem, no Rio de Janeiro, nem assim. Ali, o acordo  PT-PSB, que fez alguns milagres pelo Brasil, caminha para uma implosão voluntária.

O acordo, feito nacionalmente em torno da chapa Lula-Alckmin, foi bem-sucedido em São Paulo, com a desistência de Marcio França (PSB) em concorrer ao Bandeirantes, deixando caminho livre para o ex-prefeito Fernando Haddad (PT).

Deu razoavelmente certo no Rio Grande do Sul, com a retirada na undécima hora da candidatura Beto Albuquerque (PSB), abrindo espaço para Edegar Pretto (PT) disputar o governo do estado.

Funcionou mais ou menos em Pernambuco, ao unificar a candidatura ao governo do estado em torno de Danilo Cabral (PSB), o que fez com que um quadro histórico do PT, Marília Arraes, trocasse para manter sua candidatura. Detalhe: Marília, agora no Solidariedade, lidera as pesquisas e não faz nenhuma questão de esconder Lula, a quem apoia de olhos fechados.

Com tudo isso, o Rio, por conta da insistência do PT estadual em fazer do deputado estadual André Ceciliano (PT) único candidato a senador pela coligação, desafina.

O PT apoia a candidatura Marcelo Freixo (PSB), ex-Psol, ao governo do estado, e o preço por esse apoio é a desistência de Alessandro Molon (PSB) para dar lugar a Ceciliano como candidato ao Senado. Ocorre que Molon lidera as pesquisas de intenção de voto. Ceciliano come poeira.

A coisa engrossou, e o  PT do Rio fala agora em abandonar Freixo para ficar com o ex-prefeito de Niterói, Rodrigo Neves (PDT) na corrida pelo palácio Guanabara. Trata-se de um problema que tem de ser resolvido até  sexta (5).

O que significa que Molon precisou ir à luta.

No Twitter, ele colecionou indicações de votos de dois cabos eleitorais pesados: Anitta e Leo Jaime.

A cantora disse: “Lança logo essa candidatura, homi.”https://twitter.com/alessandromolon/status/1553749294917816322?s=20&t=at5oF5n1YuXvYGSP_swznQ